“Se Você Soubesse” — Conheça o livro que está movimentando o estado de São Paulo
Por Monike Tavares
São Paulo sempre foi um estado que lê o mundo em movimento. Aqui, histórias nascem no concreto, amadurecem na pressa e ganham profundidade na sensibilidade de quem observa. Não é por acaso que, entre tantas vozes literárias, um livro em especial tem atravessado leitores, provocado debates silenciosos e despertado emoções difíceis de nomear. Se Você Soubesse, da escritora paulista Monike Tavares, não é apenas um romance — é uma experiência emocional que tem chamado a atenção de leitores e críticos em todo o estado.
Desde o lançamento, a obra vem sendo comentada em clubes de leitura, compartilhada em redes sociais e indicada por quem, muitas vezes, nem se considerava leitor assíduo. O fenômeno chama atenção não só pelo volume de alcance, mas pelo tipo de reação que provoca: leituras interrompidas por pausas longas, mensagens enviadas a pessoas do passado, lágrimas inesperadas e um sentimento recorrente entre os leitores — o de reconhecimento.
No centro da narrativa está ele. Às vezes descrito como “ele”, às vezes como “você”. Um personagem que nunca se revela por completo, mas que se faz presente em cada página como uma ausência viva. É esse homem — real ou imaginado — que desperta na protagonista sentimentos que ela mesma não consegue compreender totalmente. Amor, desejo, saudade, arrependimento, memória e esperança se misturam de forma crua e honesta, sem a pretensão de oferecer respostas fáceis.
A escolha narrativa não é casual. Ao escrever diretamente para esse “você”, Monike Tavares rompe a barreira entre personagem e leitor. Quem lê, em algum momento, deixa de ser espectador e passa a ocupar o lugar daquele a quem o texto se dirige. É nesse ponto que o livro deixa de ser apenas uma história e se transforma em espelho.
críticos literários têm destacado justamente essa ousadia emocional. Se Você Soubesse não segue a estrutura tradicional de romances lineares. Ele se constrói em fragmentos de memória, confissões íntimas, pensamentos não ditos e sentimentos guardados por anos. A linguagem é poética, mas acessível. Profunda, mas direta. Uma combinação que tem conquistado desde amantes de romance até leitores que, segundo relatos, “não liam um livro inteiro há anos”.
“O grande mérito da obra está na coragem emocional”, aponta uma análise publicada em círculos literários independentes. “Monike escreve sem pedir licença. Ela expõe a fragilidade humana de forma elegante, sem vitimismo, e transforma a dor em linguagem.”
Essa honestidade brutal talvez explique por que o livro tem mobilizado São Paulo de maneira tão orgânica. Em um estado conhecido pela velocidade e pela constante evolução, Se Você Soubesse propõe o oposto: parar, sentir e lembrar. E, paradoxalmente, é justamente isso que o torna tão atual.

A autora, nascida em São Paulo e profundamente influenciada pela atmosfera urbana e emocional do estado, reflete em sua escrita essa identidade paulistana: intensa, contraditória, sensível e resiliente. Assim como São Paulo, Monike Tavares evolui — e sua literatura acompanha esse movimento. Não se trata de uma estreia tímida, mas de uma obra que já nasce consciente do seu lugar e da sua força.
Outro ponto que tem chamado atenção é a forma como o livro dialoga com diferentes públicos. Leitores apaixonados por poesia encontram trechos que poderiam ser lidos como poemas independentes. Fãs de romances se envolvem com a narrativa amorosa carregada de tensão e nostalgia. E até aqueles que dizem não gostar de ler se veem presos pela identificação emocional. O livro não exige erudição; exige apenas entrega.
“É um livro que dói, mas é um tipo de dor boa”, comentou uma leitora em uma resenha espontânea. “Ele faz a gente lembrar de alguém que marcou nossa vida. E isso é inevitável.”
Essa capacidade de despertar memórias pessoais é, talvez, o maior triunfo da obra. O personagem masculino não é idealizado como um herói clássico. Ele é falho, humano, distante e, ainda assim, profundamente marcante. É justamente por isso que ele permanece. Ele representa todos aqueles amores que não se concretizaram, mas nunca terminaram de verdade.
Para muitos críticos, Se Você Soubesse é um livro sobre o que fica. Sobre aquilo que o tempo não apaga, mesmo quando a vida segue. E essa temática, universal e atemporal, encontra eco em um estado como São Paulo, onde milhões de histórias se cruzam todos os dias sem necessariamente se concluir.
O impacto da obra também se reflete fora das páginas. O livro tem sido citado em eventos literários, rodas de conversa e encontros informais entre leitores. Há quem diga que Se Você Soubesse não é um livro que se recomenda — é um livro que se compartilha, quase como um segredo.

Em um cenário literário cada vez mais acelerado, onde lançamentos surgem e desaparecem rapidamente, o romance de Monike Tavares se destaca por permanecer. Ele não depende de tendências, mas de emoção. Não busca escândalo, mas verdade. E talvez seja por isso que esteja movimentando São Paulo: porque fala diretamente com quem vive, sente e carrega histórias não resolvidas.
Se Você Soubesse é, acima de tudo, uma obra que reafirma a força da literatura nacional contemporânea. Um livro que prova que ainda há espaço para textos sensíveis, profundos e humanos. Um livro que vale a pena ler — não apenas pelo que conta, mas pelo que desperta.
E São Paulo, sempre em evolução, parece ter reconhecido isso.