Karol Artiolli e o destino que escreve o próprio caminho
Autora de “O Destino da Espada” fala sobre sonhos, filosofia, poder e o amor em meio à guerra.
A autora e o chamado do sonho
Tudo começou em uma noite de outono, quando Karol Artiolli acordou assustada com um sonho tão intenso que parecia lembrança. Nele, um homem cruzava reinos distantes para salvar a esposa grávida. Havia profecias, reis e magias, mas, acima de tudo, um sentimento profundo de perda e esperança.
No dia seguinte, Karol anotou tudo no celular e batizou o arquivo de O Desejo. Anos depois, esse sonho se transformaria em O Destino da Espada: A Saga de Ériko Alek, uma fantasia épica que mistura filosofia, simbolismo e emoção.
O livro acompanha Ériko, um homem que carrega uma maldição e o peso de escolhas que mudam o rumo de seis mundos. Ao lado de Leja, ele aprende que o amor pode ser força, ferida e redenção. A história une mitologia, estética visual e reflexões sobre livre-arbítrio, destino e poder.
O Destino da Espada é o tipo de fantasia que não se contenta em entreter. Ela provoca. Faz o leitor se perguntar se o destino pode mesmo ser mudado ou se tudo é apenas o caminho que escolhemos para aceitar o inevitável.
Como nasceu a ideia de “O Destino da Espada”?
Tive um sonho. Vi um homem tentando salvar a esposa grávida, atravessando reinos e enfrentando magias. Acordei e escrevi tudo o que lembrava. Depois percebi que aquilo era mais do que um sonho, era um chamado. O nome do primeiro arquivo foi O Desejo, porque esse era o motor de tudo: o desejo de salvar quem se ama.
O livro fala sobre o destino. Você acredita que é possível mudá-lo?
Acho que o destino e o livre-arbítrio dançam juntos. Quando criança, uma professora pediu que caminhássemos com um papel na palma da mão sem deixá-lo cair. O papel era o sonho, a rota era o destino. Essa imagem nunca saiu da minha cabeça. Talvez o livre-arbítrio seja só o modo que encontramos de aceitar o inevitável.
Quem é Ériko Alek?
Ele é um homem imperfeito, cheio de medo e culpa. Não é um herói tradicional, é alguém que representa o que somos quando erramos e tentamos recomeçar. A maldição que ele carrega é simbólica: fala sobre as consequências das nossas escolhas. Quis que ele sangrasse, chorasse e se perdesse, porque é isso que nos torna humanos.
E Leja? Qual é o papel dela nessa jornada?
Leja é o amor em sua forma mais desafiadora. Sempre vi o amor como uma chama que muda de forma conforme o vento sopra. Ele pode salvar, mas também destruir. Em meio à guerra e à perda, o amor deles é o que faz os dois se enxergarem de verdade.
A espada é um símbolo central. O que ela representa para você?
A espada é o coração da saga. Ela não é importante pelo que corta, mas pelo que revela. Representa o poder, o sacrifício e o preço de cada escolha. É um espelho, um reflexo de quem a empunha. Quanto mais Ériko tenta usá-la, mais descobre sobre si mesmo.
Você criou seis mundos inteiros. Como foi esse processo?
Demorou anos. Eu sou apaixonada por mitologia e RPGs. Misturo Homero e Virgílio com Caravaggio e Hidetaka Miyasaki. Criei religiões, línguas e culturas próprias. Vejo as cenas como quadros vivos. É como se o Davi de Michelangelo pudesse se mover e respirar.
Há um tom filosófico forte na sua escrita. Isso é intencional?
Completamente. Sempre me interessei por simbolismos. Os Construtores, por exemplo, representam a busca humana por respostas. A ideia de que para cada escolha há uma renúncia. O poder de criar ou destruir não está nos deuses, mas dentro de quem o procura.
Seu livro é comparado a Tolkien e George R. R. Martin. Como você lida com isso?
Admiro muito esses autores, mas minha voz vem de outro lugar. Todos se inspiram em alguém, e eu me inspiro em sensações, sonhos e vislumbres da realidade. Não escrevo sobre dragões e deuses, escrevo sobre o que é ser humano em meio à escuridão.
O que o leitor pode esperar da continuação da saga?
O primeiro livro fala sobre destino. O segundo será sobre as consequências. Mais sombrio, mais emocional, cheio de revelações. Outros mundos serão explorados e personagens vão retornar sob nova luz. E posso garantir: nada do que parece é exatamente o que é.

Sobre o livro
Título: O Destino da Espada: A Saga de Ériko Alek
Autora: Karol Artiolli
Gênero: Fantasia épica filosófica
Editora: Astrid
Destaques: construção de seis mundos, protagonista humano e simbologia emocional
O livro já está disponível na versão física e digital, na Amazon, e nos melhores marketplaces.