São Paulo registra primeiro caso de morte por chikungunya em 2025

 

A cidade de São Paulo confirmou o primeiro caso de morte por chikungunya neste ano, segundo informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde. A vítima foi identificada como uma mulher de 67 anos, residente na zona leste da capital paulista. Ela apresentou sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações e erupções cutâneas, sendo hospitalizada, mas não resistiu às complicações da doença. O caso acende um alerta para o aumento de infecções por arboviroses no estado, que incluem também dengue e zika.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a paciente tinha histórico de hipertensão e diabetes, fatores que podem agravar o quadro de chikungunya. A confirmação da causa da morte foi feita após exames laboratoriais específicos. Este é o primeiro óbito pela doença registrado na cidade em 2025, mas autoridades de saúde temem que o número de casos possa crescer nos próximos meses, especialmente com a chegada do período de chuvas, que favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

A chikungunya, assim como a dengue e o zika vírus, é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. A doença é caracterizada por sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações, dores musculares, dor de cabeça e erupções na pele. Embora a maioria dos casos não seja fatal, a chikungunya pode levar a complicações graves, especialmente em idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas pré-existentes.

O secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, destacou a importância de medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito. “Estamos intensificando as ações de combate ao Aedes aegypti, mas é fundamental que a população também faça sua parte, eliminando possíveis criadouros do mosquito em suas casas e ambientes de trabalho”, afirmou. Ele também ressaltou a necessidade de buscar atendimento médico aos primeiros sinais dos sintomas, para evitar complicações.

Dados da Secretaria de Saúde mostram que, até o momento, foram registrados 1.200 casos suspeitos de chikungunya na cidade de São Paulo em 2025, um aumento de 30% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, os casos de dengue também estão em alta, com mais de 5 mil notificações somente na capital. O estado de São Paulo como um todo já registrou mais de 20 mil casos suspeitos de dengue e 500 de chikungunya neste ano.

Especialistas em saúde pública alertam que o cenário pode piorar com a chegada do verão, quando as condições climáticas favorecem a reprodução do mosquito. “O aumento das temperaturas e das chuvas cria um ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti. É preciso agir agora para evitar uma epidemia”, afirmou a infectologista Camila Almeida.

Para combater a disseminação das arboviroses, a Prefeitura de São Paulo tem realizado mutirões de limpeza, visitas domiciliares para eliminação de focos do mosquito e campanhas de conscientização. Além disso, postos de saúde estão sendo preparados para atender a uma possível alta na demanda por atendimento.

A morte por chikungunya em São Paulo serve como um alerta para a população e para as autoridades de saúde. A doença, que muitas vezes é subestimada, pode ter consequências graves, especialmente para grupos de risco. A prevenção, portanto, continua sendo a melhor estratégia para evitar novos casos e mortes. Enquanto isso, a cidade se prepara para enfrentar um verão desafiador, com a ameaça do Aedes aegypti pairando sobre a saúde pública.

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