Iza mergulha no reggae e inaugura nova era marcada por ancestralidade e consciência

Iza inicia um capítulo inédito em sua trajetória artística. A cantora, reconhecida por sua potência vocal e por transitar entre diferentes gêneros da música popular brasileira, agora aposta suas fichas em uma sonoridade mais enraizada: o reggae. O movimento não é apenas estético ou sonoro, mas carrega uma proposta de reconexão com origens, espiritualidade e mensagens de transformação.


Uma virada que resgata raízes

Com os lançamentos de “Caos e Sal” e “Tão Bonito”, Iza abre caminho para um trabalho que vai muito além de canções. O reggae, antes presente de forma sutil em algumas produções, agora assume protagonismo como linguagem central. A cantora mescla o gênero a influências do afrobeat, criando um diálogo entre tradição e contemporaneidade.

Esse direcionamento já havia sido antecipado em apresentações ao vivo, onde a artista testou a receptividade do público. Ao trazer para o palco arranjos mais orgânicos, percussões marcadas e uma estética que dialoga com ancestralidade, Iza reforça que não se trata de um experimento passageiro, mas de uma escolha artística planejada e consistente.


Espetáculo como manifesto

Na performance que marcou o início dessa nova era, Iza apostou em uma cenografia repleta de simbolismos: coroas, túnicas, elementos que remetem ao Egito Antigo e referências à realeza africana. Cada detalhe visual foi pensado como extensão da música, transformando o show em um ritual de pertencimento e celebração cultural.

O reggae, nesse contexto, surge como voz de resistência e também de reconciliação com a história. A cantora utiliza o gênero para revisitar memórias afetivas e dar palco à ancestralidade, convidando o público a viver uma experiência que vai além do entretenimento.


A força da ancestralidade

Para Iza, essa escolha é também um resgate. Desde a infância, o reggae fazia parte de suas referências musicais, mas nunca havia se manifestado com tanta clareza em sua discografia. Agora, esse reencontro ganha corpo em letras que falam de amor, fé, paz e transformação, sustentadas por arranjos que carregam o peso da tradição jamaicana, reinterpretados com identidade brasileira.

Além da musicalidade, a cantora reafirma sua postura de mulher negra em um cenário que, muitas vezes, restringe artistas às convenções do mercado. Ao se lançar nesse novo caminho, ela afirma sua autonomia criativa e reforça a importância de ocupar espaços que dialogam com representatividade e consciência social.


Impacto artístico e cultural

A guinada de Iza não deve ser lida apenas como uma mudança de gênero. É uma decisão que posiciona a artista em outro patamar, abrindo espaço para uma obra que une autenticidade e engajamento. Sua música, agora, pretende não só embalar plateias, mas também provocar reflexão, oferecer acolhimento e despertar identidade coletiva.

A expectativa é de que esse novo ciclo seja celebrado em um álbum completo, que deve reunir composições inéditas alinhadas a esse conceito de revolução íntima e cultural. Até lá, os singles lançados funcionam como um cartão de visitas de uma era que promete redefinir sua presença na música brasileira.


Uma artista em reinvenção

Com sua nova fase, Iza deixa claro que a reinvenção é parte natural de sua caminhada. Ao abraçar o reggae, ela não apenas experimenta novos ritmos, mas reafirma sua força como intérprete e compositora que busca entregar ao público algo genuíno.

O que se desenha é uma trajetória ainda mais sólida, em que música, imagem e mensagem caminham lado a lado. Se antes Iza era vista como uma das vozes mais marcantes da cena pop, agora ela se projeta como uma artista completa, capaz de unir espiritualidade, ancestralidade e contemporaneidade em uma mesma obra.

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